sábado, 10 de junho de 2017

BENEFÍCIOS MAIORES DO QUE OS RISCOS


10 de junho de 2017 | Qualquer vacina pode causar efeitos colaterais. É com essa frase em destaque que começa uma página dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) dedicada a tirar as principais dúvidas sobre a vacinação – e não é raro, seja nos Estados Unidos, no Brasil ou em outros países, que pessoas questionem a eficácia, a necessidade e os possíveis malefícios da vacinação.

– Um aspecto importante é que esses eventos graves e raros, quando acontecem, são infinitamente menos importantes do que as complicações que a doença natural pode causar – afirma o médico Juarez Cunha.

Ao listar eventuais efeitos como dor de cabeça, diarreia e febre (mais comuns) e até reações alérgicas graves, desmaio e dano cerebral (bem mais raros), o órgão de saúde americano destaca que, independentemente de a escolha dos pais para as crianças ser ou não recomendada, é importante que as pessoas que convivam com alguém que não seja vacinado sejam informados sobre a decisão. Em caso de necessidade médica, será fundamental ressaltar que não houve imunização para um atendimento adequado.

Efeito colateral ao sucesso das doses

Para médicos, os movimentos antivacina seriam uma espécie de efeito colateral do próprio sucesso das doses. Com sua eficácia e a consequente percepção mais baixa de doenças antes comuns, ficaria aberto o caminho para que se diga que esses males não existem, ou que são fabricados.

– Uma das dificuldades que se observa com as vacinas é que elas são vítimas do próprio sucesso. Exemplo: sem vacina contra a poliomielite, hoje seriam 10 milhões de pessoas com paralisia. A vacina eliminou a doença no Brasil, nosso último caso da doença foi em 1989. As pessoas não conhecem poliomielite, nunca viram, então pensam: por que vacinar para uma doença que não existe? – diz Cunha.

A resposta, como para tantas outras questões da medicina, estaria na frase “é melhor prevenir do que remediar”. Para a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, Marilina Bercini, os malefícios mais comuns da imunização pouco representariam diante da importância de manter a vacinação coletiva em dia:

– Esse fato de as doenças terem diminuído muito também faz com que as pessoas, principalmente os pais jovens, não tenham essa ideia de que essas doenças ainda existem. Algumas ainda eram muito presentes até recentemente, mas agora têm sido controladas. Isso não quer dizer que podemos interromper a vacinação. Muito pelo contrário. Fonte: Zero Hora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Publicidades não serão aceitas.